segunda-feira, 10 de junho de 2013

Nova Iorque, não consigo gostar de você como você merece!

Depois de mais de um mês sem escrever, resolvi aparecer. Corri, corri bastante. Fiz até musculação (não como  gostaria mas fiz), decidi comprar uma bicicleta e roupas para natação. É o verão trazendo alegria e ânimo, mas a corrida terá que chegar  e superar ao  inverno e terá que chegar  com 10 ou 15 km. Correr por aqui é muito bom e bonito. Todos gostam de correr em qualquer lugar o que não te deixa se sentir um E.T. na rua.  A corrida  me traz felicidade e aqui aprendi a encontrar felicidade nela. Passo tanto tempo comigo mesma que quando corro me solto de mim e isso é bem bom! Como sempre digo corro por aquela efêmera felicidade, fruto da endorfina, no final de cada treino. As vezes paro de correr, enjoo das minhas passadas e resolvo ser feliz sem isso (fiz isso por 10 dias) meu treinador perguntou o porque da minha ausência nas pistas e eu disse: estava muito ocupada sendo feliz! É lógico que isso não era desculpa mas… Amanhã volto a correr nas ruas do Bronx em busca daqueles 5 minutos da felicidade do depois e em busca de ser melhor, mais leve, mais rápida e mais feliz!
O título do meu post nada tem a ver com este primeiro parágrafo. Tem a ver com o que sinto aqui e agora que não sou mais tão turista  as coisas ficam mais claras. Como todas as cidades em que vivemos ou mesmo passamos em algum momento da vida, vamos criando laços com os lugares as pessoas, criando pequenos filmes em nossa mente  que podem ou não gerar em nós aquele sentimento bom de se sentir em casa (nem precisa ser a sua cidade natal  ou  a cidade que você mora agora). Me sinto muito a vontade por aqui, ando numa boa sozinha ou acompanhada,  me comunico e me movimento sem problemas. Mas preciso dizer para esta cidade que eu não a amo como ela me ama! Que eu não a abraço como ela me abraça! Sim, ela abraça e encanta a muitos, parece uma sereia. Mas não a mim! Eu não sei porque, não em sinto em casa. O que é estranho já que as pessoas que aqui moram  são das mais diversas nacionalidades e personalidades, qualquer pessoa do mundo pode se sentir em casa aqui. Aqui não há rostos estranhos nem línguas esquisistas, todos podem ser encontrar. Mas não eu. Acho que para amar qualquer coisa, você tem que estar livre, livre inclusive de si e eu não estou, tenho outros amores em outros lugares. Não moro onde nasci e mas poderia ter nascido onde moro, lá sim é a minha casa. Hoje fui ao aeroporto deixar alguém, e tudo que eu queria era ir simplesmente ir. Fiquei projetando o dia  de ir embora, falta tempo (pelo menos 4 meses) e cheguei a sentir a alegria que seria se este dia fosse hoje. Iria sem olhar para tras feliz e contente.
Alguns leitores (como a minha mãe) certamente irão dizer: menina vai aproveitar a cidade, o trabalho e tudo mais e esquece o dia de ir embora. Para de sofrer. Mas isso não é sofrimento. Não pensem vocês meus amigos que eu não aproveito. Aproveito e muito cada segundinho da vida por aqui em todos os aspectos mas felicidade mesmo é estar em casa! Enquanto este dia não chega, trabalho muito e me divirto no caminho. Vou correndo e vivendo por aqui... depois eu volto para contar mais!

Um comentário:

Marcela Uliano-Silva disse...

Tatiana, vais ver que vais amar NY muito mais quando voltares! Te digo por experiência própria: morei um ano na Inglaterra, e hoje, de volta ao Brasil, sinto saudades!

Vai degustando os momentos aos poucos... a gente aprende muito quando está fora!

Força por aí!! Um abraço!!