Nova Iorque, não consigo gostar de você como você merece!

Depois de mais de um mês sem escrever, resolvi aparecer. Corri, corri bastante. Fiz até musculação (não como  gostaria mas fiz), decidi comprar uma bicicleta e roupas para natação. É o verão trazendo alegria e ânimo, mas a corrida terá que chegar  e superar ao  inverno e terá que chegar  com 10 ou 15 km. Correr por aqui é muito bom e bonito. Todos gostam de correr em qualquer lugar o que não te deixa se sentir um E.T. na rua.  A corrida  me traz felicidade e aqui aprendi a encontrar felicidade nela. Passo tanto tempo comigo mesma que quando corro me solto de mim e isso é bem bom! Como sempre digo corro por aquela efêmera felicidade, fruto da endorfina, no final de cada treino. As vezes paro de correr, enjoo das minhas passadas e resolvo ser feliz sem isso (fiz isso por 10 dias) meu treinador perguntou o porque da minha ausência nas pistas e eu disse: estava muito ocupada sendo feliz! É lógico que isso não era desculpa mas… Amanhã volto a correr nas ruas do Bronx em busca daqueles 5 minutos da felicidade do depois e em busca de ser melhor, mais leve, mais rápida e mais feliz!
O título do meu post nada tem a ver com este primeiro parágrafo. Tem a ver com o que sinto aqui e agora que não sou mais tão turista  as coisas ficam mais claras. Como todas as cidades em que vivemos ou mesmo passamos em algum momento da vida, vamos criando laços com os lugares as pessoas, criando pequenos filmes em nossa mente  que podem ou não gerar em nós aquele sentimento bom de se sentir em casa (nem precisa ser a sua cidade natal  ou  a cidade que você mora agora). Me sinto muito a vontade por aqui, ando numa boa sozinha ou acompanhada,  me comunico e me movimento sem problemas. Mas preciso dizer para esta cidade que eu não a amo como ela me ama! Que eu não a abraço como ela me abraça! Sim, ela abraça e encanta a muitos, parece uma sereia. Mas não a mim! Eu não sei porque, não em sinto em casa. O que é estranho já que as pessoas que aqui moram  são das mais diversas nacionalidades e personalidades, qualquer pessoa do mundo pode se sentir em casa aqui. Aqui não há rostos estranhos nem línguas esquisistas, todos podem ser encontrar. Mas não eu. Acho que para amar qualquer coisa, você tem que estar livre, livre inclusive de si e eu não estou, tenho outros amores em outros lugares. Não moro onde nasci e mas poderia ter nascido onde moro, lá sim é a minha casa. Hoje fui ao aeroporto deixar alguém, e tudo que eu queria era ir simplesmente ir. Fiquei projetando o dia  de ir embora, falta tempo (pelo menos 4 meses) e cheguei a sentir a alegria que seria se este dia fosse hoje. Iria sem olhar para tras feliz e contente.
Alguns leitores (como a minha mãe) certamente irão dizer: menina vai aproveitar a cidade, o trabalho e tudo mais e esquece o dia de ir embora. Para de sofrer. Mas isso não é sofrimento. Não pensem vocês meus amigos que eu não aproveito. Aproveito e muito cada segundinho da vida por aqui em todos os aspectos mas felicidade mesmo é estar em casa! Enquanto este dia não chega, trabalho muito e me divirto no caminho. Vou correndo e vivendo por aqui... depois eu volto para contar mais!

Nunca pensei que fosse ser assim!

Já faz quase um mês que estou aqui. Já estou bem mais adaptada  e feliz! A vida aqui é boa, cheia de facilidades, a cidade tem muito o que fazer e meu trabalho é ótimo.
Aí quando as coisas entram nos eixos e a vida vai ganhando rotina com corrida, marmita e horários.... Me deparei pensando, no quanto  eu me achava forte e independente. Saudade?! Ah vai ser fácil, vai  passar logo. Imaginava a dificuldade em coisas  beem mais estranhas que a pura e simples saudades de tudo. Tudo mesmo! Até das coisas eu não gosto eu  me peguei sentindo falta.
É assim! Acho que mudanças servem também para amadurecer, para aprender a lidar com a ausência (ou mesmo com a presença, que muitas vezes nós desprezamos), com a solidão e consigo mesma.  Acho que estou aprendendo, apenas acho... porque vim para cá achando um montão de coisas que cairam por terra em apenas um mês. O que tenho certeza é sou mole igual uma manteiga derretida, sou apegada a tudo e saudade dói. E como com dói! Mas ensina, ensina muito e um dia daqui há 5 meses, sentirei saudades das saudades que eu senti.
Sentirei saudades da felicidade de estar aqui, e de tudo que ainda está por vir e eu já tenho saudades. Ansiosa? Imagina...
Bem já que o tema central deste blog é corrida. Vamos a ela! Em terras americanas tenho corrido com regularidade (mesmo no vento frio e muito muito chato). Quem sabe arrisco uma prova de 10km em setembro? Torçam por mim....

Segunda  semana nas terras do norte...
Bem já estou quase terminando a esta semana e completando 3 semanas aqui.
Aí você me pergunta foi bom? Você está gostando? Olha eu estou adorando trabalhar em um lugar diferente, aprender coisas novas. É verdade que na mairoria das vezes me sinto uma burra, mas o que se pode fazer? O processo de aprendizagem é assim: estuda, faz, erra, aprende com isso, pensa associa e uma hora: ops! Eu aprendi isso!
 Se a vida fosse apenas trabalhar (e olha que consigo preencher quase todas as 24hr do dia com isso) estava tudo maravilhoso. Mas, não é! E aqui eu descobri que realmente não é! Sinto uma enorme saudade casa, saudade de coisas totalmente superfulas (tipo pão se sal!). É aquele sentimendo de sair da sua zona de conforto. De conviver com pessoas muito diferentes, de tentar entender outras culturas e outras maneiras de pensar. Sem julgar, apenas conviver e se adaptar. E o principal aprender a conviver consigo mesmo com seus defeitos com o seus limites!!! É um processo, estou no meio dele. Tem dias bons e dias péssimos!!!
E Nova York? Ah Nova York é nova York né? É uma cidade bonita, encantadora e cheia de coisas para fazer! Ok mas isso não preenche sabe? Eu estou amando o lugar e tudo que ele oferece, tem para todos os gostos e bolsos também! Mas... Eu continuarei contando as semanas anseando por bons resultados e pensando na volta para casa!!! Pensando fortemente no dia de voltar com a mala cheia de novos amigos, e com a experiencia profissional que vim buscar aqui.

E lá se foi a primeira semana!

Olá leitores,
Eu venho aqui em primeiro lugar para dizer que eu estou bem!!! Hoje é segunda-feira e inicio minha segunda semana por aqui. Um  pouco mais tranquila (na medida que a minha personalidade me permite ser) e mais adaptada. As coisa no lab começaram a andar e eu já me sinto em casa, na minha casa. Passei o final de semana passeando por esta cidade boa! É boa mesmo? Bem, se você for turista você vai AMAR! Assim como eu sempre amo as cidades que visito "turísticamente" assim como também todos que visitam o Rio, o amam! Mas morar não é turistar não é? E as cidades grandes, ou muuuuito grandes como Nova York, não são gentis com seus moradores. Elas são caras, sujas e engarrafadas. Sim, aqui você se sente no centro do mundo e tudo acontece aqui primeiro. Mas... é uma grande cidade hostil! Eu não estou reclamando de nada, em absoluto. Eu gosto de grandes cidades  e acho que consigo aproveita-las. Mas vamos colocar menos glamour e romantismo nesta história de viver em Nova York. Venha sim turistar e visitar esta cidade incrível, aproveite tudo que ela a tem a oferecer:  cheiros, cores sabores e sons! Mas se for vir morar, cuidado estes atrativos não lhe farão tão  bem assim! Desculpa se desanimei ou desapontei alguém. Não me achem melancólica por isso. Estou sendo realista. Mudar é bom, mudar para cá está sendo muito bom em muitos sentidos sinto que não poderia estar em um lugar melhor! Mas vamos com calma!!!
Em breve eu voltarei!

Novidades por aqui!

Após quase um ano sem escrever resolvi retomar as atividades. O que me motivou foi um blog de uma outra companheira de pós-graduação: http://improvisocientifico.blogspot.com.br/. Vale a pena dar uma olhada e a frase chave para mim foi: não podemos deixar de escrever.
Acho que escrever é a comunicação humana mais nobre, fica registrada pela eternidade, viaja continentes além de ter a capacidade de emocionar  o leitor e levá-lo a uma viagem a tempos passados, futuros ou mesmo abstratos. Um dia vou ser cientista e vou ganhar a vida escrevendo. Lógico que guardadas as devidas proporções que o método científico nos impõe. Portanto escrever aqui não deixa de ser um exercício.
Mas  o mais importante não é isso. Esta é uma forma de eu me comunicar com os amigos leitores que ficaram no  Brasil. Quem vier aqui me ler, certamente sabe que estou pasando 6 meses em terras do norte. Hoje faz uma semana que eu viajei. Saí cheia de esperanças do Brasil e com uma mala lotada de medos!!!
Sim, eu me dei conta de que não sei viver sozinha, que amo meu país e a minha vida também. Tá, eu já sabia há alguns anos que tenho uma certa dificuldade de lidar com mudanças. Então, neste primeiro momento de convivência com  o novo fico insuportavelmente reclamona e mesmo em um lugar fantástico como Nova York, consigo achar tudo ruim e me desabo a chorar.
Queridos leitores, e como chorei esta semana! Chorei como há muito, há muito tempo eu não chorava. Calma, não fiquem com pena de mim! Eu sou forte e é claro que eu vou me acostumar, vou amar e vou sentir saudades daqui quando eu for!!! É apenas uma quebra de barreira, vai passar. A frase que ecoou na minha cabeça esta semana foi: everythng is gonna be all right!
Mas porque tanto drama? (vocês devem estar se perguntando). Não tem explicação! É só a vida nova, o inglês e os costumes bem diferentes. É o trabalho  que consiste em tudo que eu não sei fazer. É o morar em um quarto, enquanto eu tinha a minha casa inteira. E o principal agente da minha tristeza desta semana  foi o FRIIIIIIO! Eu sou uma paulista muito carioca adoro um calorzinho! O frio me assustou porque eu não tinha roupa o suficiente! (Aí você irá me dizer: Ah vá! Você está em Nova York! Saia e vá comprar uma roupa bem legal!) E eu diria, não! Eu não estou em Nova York, eu moro no Bronx sou meio lerdinha  e a vizinhança é meio perigosa ou seja: eu passei a semana ilhada, com frio e tudo isso em inglês. Esta mistura explosiva é igual a: lágrimassssss! Mas tudo bem hoje é sexta, eu já estou ambientada e começou a esquentar!!!
Claro que nem tudo foi só  choradeira né? Eu corri dois dias antes dor frio chegar de vez, experimentei algumas facilidade de se morar no EUA e fui muuuuitas vezes a farmacia (rsrsrs)
Conheci alguns brasileiros legais, descobri que o tenho amigos muito mas muito fofos  (e por isso eu também chorei).
E até meu chefe, um senhor bem sisudo, está sendo bem legal comigo (até parece que ele sabe que me acabo de chorar em casa rs).
No trabalho ainda está tudo meio lento,  o que me deixa mais ansiosa e chorona. Ah! Descobri que eu não sei ficar parada! (acho que só eu no mundo não sabia desta minha característca. Rs) Então, ver uma bancada  todinha só para mim, totalmente inabitada me deixou digamos... muito  aborrecida! Tudo bem eu já tenho crachá e tenho tudoque se é necessário para trabalhar por aqui. Agora vamos começar de verdade. E eu estou confiante! O importante é que levo apenas 7 minutos para chegar, isso porque vou reclamando do frio rs.
Amanhã é sábado vai fazer deliciosos 13oC (viram como estou me acostumando?)   e eu vou para Manhathan, ficar com um casal de amigos e passear em Nova York, quem sabe eu não passo a gostar? rsrsrs... Me desejem sorte e venham sempre por aqui. Colocarei  também momentos bons!!!
Ah seguirei a frase da minha orientadora: Be a Big Girl!!!